Somos bombardeados o tempo inteiro com uma infinidade de dados e lutamos para manter a atenção do público. Com infinitas possibilidades de ferramentas, plataformas e tecnologias, qual o segredo para contar histórias que cativam? A resposta pode estar na utilização da linguagem de games e na capacidade de prover experiências que envolvam as pessoas.
“Pode parecer um tapa na cara dos cineastas, mas os trabalhos em realidade virtual são puramente design de games. Os jogos usam há anos a mesma roteirização dos filmes imersivos”.
A reflexão foi feita no SXSW 2019, durante palestra de Jessica Brillhart, cineasta especializada em Realidade Virtual e narrativas imersivas. Ela é fundadora da Vrai Pictures, estúdio independente de conteúdo imersivo em Nova York e ex especialista em VR do Google.
Jessica lançou a plataforma de áudio espacial Traverse. Um aplicativo que permite aos usuários mapear seus arredores com a ajuda da tecnologia de realidade aumentada (AR) e, em seguida, explorem experiências de áudio imersivas em suas próprias salas de estar.
Durante o evento, Jessica falou mais sobre como a Realidade Virtual trouxe novos paradigmas para a forma como contamos histórias.
“Ocupar espaços múltiplos, escolher ângulos de narrativas menos óbvios e utilizar a câmera como se fosse uma pessoa. Não precisamos de muito para nos lembrar das coisas, mas contar boas histórias é um ativo humano e o que estou tentando fazer é combinar tecnologias diferentes e mostrar como essa nova realidade terá aplicação em nossas vidas. Quando as coisas estão mais caóticas vemos emergir criatividade e soluções incríveis. Não devemos temer a insanidade mas precisamos tornar toda essa tecnologia mais acessível”, afirmou.