Mais ou menos regulamentação?

Aprovada em 2018, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) passa a valer plenamente  no Brasil em agosto de 2020, e vai forçar todas as empresas do país a revisar suas práticas de TI e repensar a maneira como lidam com os dados que coletam em sua atividade. Nosso diploma legal vem na esteira de outros regulamentos para a proteção de dados, como o GDPR da União Europeia.

Essas leis são produto do zelo dos políticos ou respondem de fato ao um desejo das pessoas? Segundo a pesquisa da FleishmanHillard, a segunda opção é a correta: 80% dos consumidores consideram a proteção de informações pessoais “muito importante”. Na verdade, tão importante que a colocaram acima da proteção ao sistema de saúde no Reino Unido e na Inglaterra.

Garantir a segurança dos dados pessoais é, portanto, uma necessidade incontornável. A questão de fato é como impedir que novas regulamentações sufoquem a inovação.

“Muitas indústrias têm trabalhado de maneira colaborativa com legisladores para garantir que novas leis sejam eficazes”, diz : Many industries work collaboratively with policymakers to ensure change and implement legal requirements, especially after the passage of new laws. “Participar de um diálogo construtivo com legisladores, reguladores e consumidores é fundamental para a indústria de tecnologia”, diz Jason Oxman, presidente da Information Technology Industry (ITI), em artigo para o estudo. “Tensões desse tipo são parte natural do processo de inovação, e não devemos deixar que elas enfraqueçam o poder transformador da tecnologia, sua habilidade de nos conectar de maneiras que jamais imaginamos, de permitir que solucionemos problemas considerados insolúveis, de melhorar nossa vida.”