Os casos Ahmaud Arbery, Breonna Taylor e George Floyd fizeram o mundo encarar a realidade em meio à pandemia da Covid-19: o racismo permanece em 2020. A brutalidade policial também é histórica. Os protestos globais da Black Lives Matter que ocorreram em todo o mundo no mês passado destacaram que o racismo não está restrito à América. Nas palavras e no posicionamento do CEO global da FleishmanHillard, John Saunders, o universo corporativo deve começar, imediatamente, a realmente se importar.
No Brasil, uma pesquisa do Instituto Data Folha, de 2019, já indicava que a percepção de preconceito entre brasileiros cresce: 90% dos entrevistados admitiu, na ocasião, que o Brasil é um país racista. Porém, na entrevista, 96% dos contatados se identificaram como não racistas.
O racismo estrutural está em todos os lugares no Brasil: nos salários mais baixos, no acesso restrito à educação, saúde, moradia e trabalho formal. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pessoas negras são 56% da população brasileira e dos 13,5 milhões de brasileiros vivendo em situação de extrema pobreza, 75% são negros. No mercado de trabalho, pessoas pretas ou pardas exercem apenas 29,9% dos cargos gerenciais.
E por que estrutural? Ele está enraizado, culturalmente, em nossa sociedade. O racismo cresceu em nossas relações e dinâmicas de maneira direta, submissa, subliminar e omissa. Ele é responsável por também disseminar ódio e preconceito.
Na opinião de Alessandro Martineli, diretor-executivo da FleishmanHillard Brasil, o passo inicial para cada empresa é mudar dentro de casa. “A missão está em identificar racismo e o preconceito: onde eles estão, como agem e combatê-lo. Retirando o filtro que cobre os olhos, faremos uma lição de casa, revendo atitudes, investimentos, demandas e prazos com o comprometimento de uma atuação transparente, antirracista, responsável por guiar e inspirar demais empresas.”
Globalmente, a FleishmanHillard iniciou o mês de junho com a nomeação de Emily K. Graham para o cargo de Diretora de Diversidade e Inclusão da FleishmanHillard. É a primeira vez, em 74 anos de existência, que a agência conduz, de maneira pioneira, este movimento. “Estamos criando um papel de liderança dedicado para nos ajudar a alcançar nossos compromissos de diversidade e orientar ações futuras”, anunciou o CEO global. É dessa maneira que anunciamos uma nova diretriz global: ser a agência de comunicações mais inclusiva do mundo!
No Brasil, assinamos o Manifesto Seja Antirracista do ID BR (Instituto Identidades do Brasil). O documento é um comprometimento público de pessoas e organizações que reconhecem a importância da equidade racial. Sabendo da importância dessa atitude, queremos convidá-los a assinarem o Manifesto Seja Antirracista do ID BR pelo site https://www.sejaantirracista.org/. Mais de 200 empresas e 36 mil pessoas já assinaram.