Como CEOs devem abordar o encontro do Fórum Econômico Mundial 2025

Por Marshall Manson, presidente de Corporate Affairs (Reino Unido)

O Fórum Econômico Mundial (WEF) lançou na última semana o seu relatório anual de Riscos Globais como parte da preparação para seu encontro anual de líderes empresariais, governamentais e da sociedade civil em Davos, na Suíça.

Os principais achados do relatório incluem “otimismo em declínio”, “aprofundamento das tensões geopolíticas e geoeconômicas” e “um crescente senso de fragmentação social”

Pela primeira vez, o “conflito armado entre estados” ocupa o topo da lista de riscos mais prováveis a causar uma crise em escala global no próximo ano. A “desinformação e a disseminação de informações falsas” permanecem como a ameaça de maior gravidade potencial nos próximos dois anos. 

No geral, todos os riscos monitorados pelo relatório pioraram no último ano.

Essas não são notícias animadoras.

Então, como CEOs e seus assessores devem lidar com esse cenário do ponto de vista da comunicação?

Qual a postura certa a adotar no WEF?

Primeiro, Davos oferece uma oportunidade. À medida que as pressões geopolíticas ocupam mais tempo e atenção de CEOs e líderes de comunicação, Davos é uma chance de aplicar na prática as habilidades do “Diplomata Corporativo”, fortalecendo relações com líderes políticos em mercados-chave para mitigar os impactos do aumento da tensão e incerteza. Isso é essencial, já que executivos seniores e líderes de assuntos corporativos enfrentam cada vez mais situações geopolíticas complexas, muitas vezes com pouco ou nenhum apoio de autoridades governamentais em seus países de origem — e, em alguns casos, enfrentando oposição direta.

Segundo, os líderes devem resistir à tentação de expressar publicamente opiniões políticas. Nenhum público ou grupo de stakeholders recompensará uma empresa por adotar uma posição com a qual eles discordem fortemente. E podem punir a empresa por ter essa opinião divergente desde o início. Opiniões políticas corporativas precisam ser desenvolvidas dentro de um quadro adequado, fundamentado nos valores do negócio.

Terceiro, CEOs e seus assessores precisam estar preparados para lidar com a desinformação. Todo cenário de comunicação agora inclui algum aspecto de desinformação, seja por atividades de bots ou trolls. Davos será um alvo prioritário. E algumas empresas e CEOs podem se tornar o foco de provocações ou até mesmo ataques de figuras de destaque, baseados em pouca ou nenhuma verdade.

Nenhuma dessas recomendações irá melhorar o humor geral. Mas podem ajudar a navegar com sucesso por esse cenário espinhoso, tanto nos Alpes Suíços quanto além.

Exploramos vários desses temas com muito mais detalhes em nosso relatório de tendências em comunicação publicado algumas semanas atrás. Baixe o conteúdo completo para mais insights.