O papel dos CEO`s sobre a reputação das marcas e uma reflexão: se posicionar ou não?

O mercado e os consumidores exigem que as empresas e as marcas com as quais se relacionam se posicionem publicamente. Esse espaço entre a expectativa e a percepção do consumidor foi mais uma vez tema de debate na apresentação feita pela FleishmanHillard, desta vez no Rio de Janeiro, com realização do LIDE Rio, em evento que contou com a presença de empresários, parceiros, clientes e imprensa.

De acordo com os dados apresentados, algumas questões aparecem como posicionamentos obrigatórios para aqueles que consomem as marcas. Isso significa que para os consumidores engajados participantes do estudo, é cada vez mais necessário que as empresas tenham um ponto de vista autêntico, desenvolvido e testado sobre questões consideradas importantes para elas, como: segurança de dados (82%), privacidade de dados (82%) e proteção ao meio ambiente (75%). Outras questões também pedem atenção, como: acesso a saúde de qualidade com preço acessível (84%), liberdade de expressão (77%) e racismo (34%).  Com isso, o papel dos líderes é cada vez mais importante e exigido.

Ao que tudo indica, há fadiga partidária geral entre os consumidores – e riscos para as marcas –  quando são percebidas como monetárias ou gananciosas sobre alguma questão social. Porém, essas mesmas marcas ou empresas são recompensadas e vistas de forma positiva quando têm propriedade para falarem sobre questões com as quais têm uma conexão legítima. Assim, cada vez mais, os consumidores sabem que as empresas não podem resolver todos os problemas, mas esperam que elas ajam nos temas que estão sob seu controle. As marcas devem se posicionar sobre aspectos que são obrigatórios para a transformação da sociedade e isso requer informação precisa e um olhar estratégico integrado.


*Informações de propriedade da FleishmanHillard.

80% dos consumidores vê a violência contra a mulher como uma questão de importância ou extrema importância, porém, 33% tem expectativa de posicionamento. Já questões como acesso a educação de qualidade com preço acessível e pobreza são vistas como importante para 79% e 73% dos entrevistados, respectivamente. A metodologia também mostra que as expectativas para que as empresas se posicionarem é menor do que a importância que é dada para os temas. Apenas quando se trata do tema racismo que a expectativa de posicionamento dos consumidores chega a 71%.