Influenciadores Virtuais: A próxima geração das celebridades nas redes sociais
Agem como humanos, conversam como humanos, até publicam sobre seu lifestyle como influenciadores humanos, mas são personas criadas para o ambiente digital.
Os influenciadores virtuais, que estão, aos poucos, surgindo nas nossas telas de celular, computadores e, em alguns casos, até na TV, pertencem a um mercado de influência bilionário. O segmento soma US$ 16,4 bilhões e, quando trazidos para a economia dos criadores de conteúdo, já ultrapassa US$ 104 bilhões, segundo a Influencer Marketing Hub, empresa global de pesquisa e marketing de influência.
Nesse cenário, há empresas que querem fazer parte desse mercado promissor, com marcas e times sedentos por gerar identificação do que é virtual com o real. E, uma vez criada essa relação, abrimos espaço para a conexão com o público almejado.
A imagem do influenciador virtual não importa. Seja um robô humanoide, a imagem perfeita de um ser humano ou um desenho animado, a identificação com o público está para além da imagem, está relacionada ao comportamento dessa figura virtual, que eventualmente pode se espelhar nas pessoas que os seguem e vice-versa.
Os influenciadores virtuais ganharam tanto espaço que há um ranking produzido pela Open Influence, agência global de creator marketing, que classifica os 10 influenciadores virtuais mais seguidos nas redes sociais. E, o primeiro lugar no pódio é brasileiro com a Lu, personagem da rede varejista Magazine Luiza.
No perfil de lifestyle, destaque para o @lilmiquela, com 3 milhões de seguidores, que já realizou ações com grandes marcas inclusive de luxo: Samsung, Balenciaga, Prada, Calvin Klein e Nike. Porém, ela não é a única, outros influenciadores virtuais também já foram ativados por marcas triplo A como Fendi, Lamborghini, Supreme, Gucci, Balmain, Valentino, Dior e Versace, e até mesmo por produtos com assinatura das celebridades Paris Hilton e Kim Kardashian, com forte presença nas redes sociais.
Com uma proposta diferente e seguindo a estratégia de sucesso da Magalu, outras marcas lançaram seus avatares e pouco a pouco têm conquistado seus públicos. E, as personalidades virtuais não param por aí. Mais recentemente, a apresentadora Sabrina Sato, foi a precursora em lançar sua gêmea digital, a Satiko. O movimento foi seguido por outras celebridades brasileiras que enxergaram uma oportunidade de ampliar sua presença, como Deborah Secco, Cauã Reymond, Ticiane Pinheiro e tantas outras.
Se você ou seus filhos e filhas ainda não seguem alguns desses perfis, é só uma questão de tempo, pois eles estão invadindo as nossas telas para um cenário sem volta. E aqui começamos a falar sobre responsabilidade.
Toda essa conexão gerada de maneira lúdica, só criará uma aproximação e conexão autêntica com o seu público, se a sua estratégia considerar um relacionamento humanizado. É essencial compreender o papel dessa figura digital como uma extensão da sua marca, seja com seu próprio personagem ou realizando parceria em um em um perfil já criado.
*Por Matteus Monteiro Martins, gerente de mídia na FleishmanHillard Brasil